Prévia da inflação oficial registra maior alta em 12 meses desde 2003, diz IBGE
IPCA-15 avançou 0,59% em julho, no maior resultado para o mês dos últimos 7 anos
A prévia da inflação oficial de preços, calculada mensalmente pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), registrou variação de 0,59% no mês de julho. Com o resultado,o maior para o mês desde 2008, o índice acumulou alta de 9,25% nos últimos 12 meses, taxa mais elevada desde dezembro de 2003.
Os dados, divulgado nesta quarta-feira (22), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que apesar da alta, o índice de preços apresentou uma desaceleração de 0,4 ponto percentual em relação ao mês de junho, quando a taxa foi de 0,99%.
Com o resultado do mês, o acumulado do índice ao longo deste ano está em 6,9%, taxa 2,73 ponto percentual acima da apurada mesmo período do ano anterior, de 4,17%.
Setores
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas habitação (+ 1,15%) e comunicação (+ 0,59%) ficaram acima dos resultados do mês anterior .
No grupo de Habitação, a maior variação partiu novamente da alta de preços da energia elétrica (+ 1,91%). Segundo o IBGE, a taxa foi influenciada pela região de Curitiba, onde houve variação de 8,44%. Em São Paulo, os preços das contas de luz foram reajustados em 17%.
Também em habitação ficaram mais caras as tarifas de água e esgoto, que apresentaram alta de 4,1% no mês.
O cálculo do IPCA-15 levaram em conta os preços coletados entre 12 de junho 14 de julho de 2015. O indicador analisa os itens que impactam no orçamento das famílias com renda entre um a 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
Alimentos
Entro os alimentos e as bebidas, o índice aponta para uma desaceleração na alta dos preços, passando de uma variação de 1,21% no mês de junho para 0,64%.
Apesar dos aumentos de preços verificados no preço do leite (+ 3,71%), do pão (+ 1,26%), dos ovos (+ 1,59%) e do frango (+ 1,1%), outros produtos importantes no consumo das famílias ficaram mais baratos no mês.
Entre os itens do grupo de alimentos e bebidas que tiveram variações negativas no período, destacam-se o preço do tomate (- 20,37%), da cenoura (- 12,75%), do feijão fradinho (- 6,27%), das hortaliças (- 6,08%), do feijão preto (- 2,17%), dos pescados (- 1,93%) e do óleo de soja (- 1,09%).
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